Leia agora o case da startup Moodar, selecionada pela Johnson & Johnson no projeto que oferece acompanhamento psicológico a profissionais de saúde
Situação:
Como a Moodar desenvolveu seu modelo de negócio.
Estratégia:
A aproximação do ecossistema de startups está sendo decisiva na jornada de sucesso da Moodar.
Visão de futuro:
Grandes projetos, novos clientes corporativos e o impacto social que a Moodar está promovendo.
Depoimento:
Com a palavra, o CEO Felipe Farias.
Mentorias, eventos, conexões com grandes empresas, validação de processos e descontos em ferramentas.
“Na minha jornada, construí a visão de que uma startup precisa ter objetivos claros. E o primeiro desafio é encontrar o product market fit, o que acontece através de relacionamento”, analisa Felipe Farias, CEO da Moodar.
Antes ser uma plataforma voltada à saúde emocional, a Moodar surgiu como uma startup na prevenção de doenças crônicas como obesidade e diabetes.
Em determinado momento, foi realizado um levantamento com os pacientes para entender por que eles usavam a solução. O feedback recebido dos próprios usuários foi determinante para o futuro do negócio: muitos deles não tinham diabetes ou hipertensão, mas estavam estressados e perceberam que na plataforma o contato com terapeutas era bem acessível.
Na esteira desse reposicionamento, também surgiu a necessidade de se mudar para São Paulo, percebendo que naquele momento tinha muitas barreiras para o crescimento do negócio em Recife.
“Vim de uma cultura em que ecossistema de startup é um negócio de amigo, em Recife qualquer empreendedor da área de tecnologia em saúde vai dizer que é meu amigo. Um desafio em São Paulo é que ninguém tem tempo pra você. Era muito difícil fazer networking até o momento em que descobrimos o Distrito. Meu primeiro contato foi como investidor. Estava começando o hub InovaHC”.
Desde que a Moodar contratou a primeira posição de trabalho no hub do Distrito, percebeu uma valiosa oportunidade de construir novos relacionamentos.
“O simples fato de ter potenciais clientes circulando no ambiente, abriu inúmeras portas pra gente de expor nossa startup. Ter essa possibilidade de parcerias com outras startups, além dos eventos realizados pelo Distrito e o ambiente do Hub Físico nos ajudou a expandir as conexões e conseguimos crescer mais rápido em São Paulo. Os primeiros clientes surgiram uma vez que a gente começou a construir essa rede”.
Felipe lembra que sempre manteve contato muito próximo com o time de Community, o que ajudou a guiar a Moodar nessas relações e focar nos eventos e projetos certos.
“O projeto com a J&J surgiu num desses eventos, fui convidado para fazer um pitch me apresentando como empreendedor, assim tive oportunidade de conhecê-los e algum tempo depois surgiu o convite para parceria”, conta Felipe.
“Em tudo que a gente estava fazendo, o propósito estava a flor da pele.Hoje 90% da minha equipe faz terapia na Moodar. Saímos de 10 clientes corporativos antes da pandemia para 30 hoje, além do projeto com a J&J” explica Felipe, destacando o projeto “Cuidando de quem cuida de nós”, parceria com a Johnson & Johnson, que disponibiliza milhares de consultas para médicos, profissionais de enfermagem e fisioterapeutas.
A Moodar ajuda outros negócios a cuidar e desenvolver seus colaboradores. Atravessamos um momento caótico na saúde mental, que impacta bastante as empresas. Ansiedade e depressão estão entre as maiores causas de afastamento.
“A pandemia deixou isso evidente, muitos dos recursos que a gente tinha como desestressores deixaram de estar presentes. Todo mundo precisou se reinventar, a gente sabe o peso da vulnerabilidade que a pandemia gera. Eu próprio sofro de transtorno de ansiedade desde 9 anos de idade”, enfatiza o CEO da Moodar.
“O Distrito se envolveu em todos os momentos, desde a modelação do projeto o time de Venture Buider estava muito junto da gente. Capacitamos os psicólogos que atendem na Moodar para lidar com esse contexto dos profissionais de saúde e isso foi muito importante para o fortalecimento da nossa rede”, lembra Felipe.
Outro aspecto que merece atenção é o significativo impacto social do projeto. Felipe analisa que, do ponto de vista emocional, as profissões no setor de Saúde já são normalmente desafiadoras. A pandemia adicionou complicadores nessa equação, por trazer uma realidade na qual existe sensação de que a vida está em risco somente de pisar no local de trabalho, além de ver colegas adoecendo, conviver com hospitais lotados e toda a pressão que isso ocasiona. Em muitos casos, o profissional de saúde precisou abrir mão na sua vida pessoal e se afastar da família.